Nos últimos meses, o mercado brasileiro de café enfrenta uma escalada significativa nos preços, impactando tanto produtores quanto consumidores. Conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP, o valor da saca de 60 kg de café arábica aumentou 152% em um ano, passando de R$ 1.014,93 em fevereiro de 2024 para R$ 2.565,86 no mesmo mês de 2025.
Alguns fatores apontam para a Alta nos Preços.
Diversos elementos têm contribuído para essa alta expressiva nos preços do café. Entre os principais fatores estão as adversidades climáticas, como secas e temperaturas elevadas, que afetaram negativamente a produção nas principais regiões cafeeiras do país. Essas condições climáticas adversas resultaram em quebras de safra, reduzindo a oferta do produto no mercado interno.
Além disso, o aumento nos custos de produção, incluindo insumos agrícolas e mão de obra, também pressionou os preços para cima. A demanda global por café permanece robusta, exacerbando o desequilíbrio entre oferta e demanda e contribuindo para a elevação dos preços.
Impacto no Mercado Consumidor
Para os consumidores brasileiros, o impacto dessa alta é evidente no orçamento doméstico. O preço do café moído registrou um aumento de quase 33% nos 12 meses até novembro de 2024, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em supermercados, o pacote de 1 kg de café está sendo comercializado, em média, a R$ 48,57, representando um aumento significativo em relação aos R$ 35,09 registrados em janeiro do mesmo ano.
Projeções para os Próximos Meses
As perspectivas para os preços do café nos próximos meses indicam a manutenção dos valores em patamares elevados. Especialistas apontam que, mesmo com a expectativa de uma nova safra a partir de abril ou maio de 2025, os preços devem permanecer altos devido aos estoques reduzidos e à demanda contínua.
A escalada nos preços do café no Brasil é resultado de uma combinação de fatores climáticos adversos, aumento nos custos de produção e demanda global aquecida. Esse cenário tem impactado diretamente o consumidor final, que se depara com preços mais altos nas prateleiras dos supermercados. As projeções indicam que os preços devem permanecer elevados nos próximos meses, exigindo adaptações por parte dos consumidores e estratégias por parte dos produtores para lidar com os desafios impostos por esse novo contexto de mercado.
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