A educação financeira é um pilar fundamental para o desenvolvimento econômico, pessoal e coletivo. No entanto, a falta de conhecimento sobre como gerenciar recursos financeiros tem impactos profundos não somente no orçamento familiar, mas também na economia. Este artigo explora por que a falta de educação financeira afeta a economia, os principais cuidados ao fazer compras em excesso e estratégias práticas para economizar e planejar o futuro.
O Cenário Atual
Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), somente 38% dos adultos no mundo possuem conhecimentos básicos sobre finanças pessoais. No Brasil, esse número é ainda mais alarmante: uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022 revelou que somente 21% da população compreende conceitos como juros compostos, inflação e diversificação de investimentos.
Impactos na Economia
- Endividamento Crescente: A falta de educação financeira leva a decisões inadequadas, como o uso excessivo de crédito e empréstimos com taxas de juros abusivas. No Brasil, o endividamento das famílias atingiu 78,3% em 2023, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Isso reduz o poder de compra e afeta o consumo, um dos principais motores da economia.
- Baixa Poupança e Investimento: Pessoas sem educação financeira tendem a não poupar ou investir. Dados do Banco Central do Brasil mostram que somente 10% dos brasileiros investem regularmente. Isso limita a formação de capital no país, essencial para o crescimento econômico.
- Falta de Planejamento para Emergências: A ausência de uma reserva financeira torna as famílias vulneráveis a crises. Durante a pandemia de COVID-19, por exemplo, muitas pessoas tiveram que recorrer a empréstimos ou cortar gastos essenciais, impactando negativamente a economia.
- Impacto no Setor Público: O endividamento excessivo e a inadimplência aumentam a necessidade de intervenção governamental, como programas de renegociação de dívidas, pressionando os cofres públicos e desvia recursos que poderiam ser usados em áreas como saúde e educação.
Os Principais Cuidados na Hora de Fazer Compras em Excesso.
As compras em excesso, muitas vezes impulsionadas por promoções ou pressão psicológica, são um dos maiores vilões das finanças pessoais. Um estudo da Nielsen aponta que 60% dos consumidores admitem comprar por impulso, e 70% dessas compras são consideradas desnecessárias.
Dicas para Evitar Gastos Descontrolados.
- Faça uma Lista de Compras: Planeje o que realmente precisa comprar. Isso ajuda a evitar desvios e gastos supérfluos.
- Estabeleça um Orçamento: Defina um limite de gastos antes de sair de casa ou acessar lojas online. Aplicativos de controle financeiro, como Guia Bolso e Mobills, podem ser grandes aliados.
- Evite Comprar com Fome ou Sob Pressão: Situações de estresse ou fome podem levar a decisões impulsivas. Compre em momentos de tranquilidade e clareza mental.
- Pesquise Preços: Compare valores em diferentes estabelecimentos ou plataformas antes de comprar. Ferramentas como Zoom e Buscapé facilitam essa tarefa.
Planejamento Estratégico de Como Economizar.
Economizar não significa somente cortar gastos, mas também planejar o futuro e garantir segurança financeira. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que famílias que possuem um planejamento financeiro têm 40% mais chances de alcançar seus objetivos, como comprar uma casa ou garantir a aposentadoria.
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