A recente elevação no custo da cesta básica em 14 capitais brasileiras tem gerado preocupações significativas entre os consumidores e especialistas em economia. Esse aumento reflete uma série de fatores que impactam diretamente o orçamento das famílias e o cenário econômico nacional.
Em março de 2025, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) registrou aumentos no custo da cesta básica em 14 das 17 capitais analisadas. As maiores elevações ocorreram em Curitiba (+3,61%), Florianópolis (+3,00%) e Porto Alegre (+2,85%). Entre os principais responsáveis por essa alta estão o café, que apresentou aumento em todas as capitais pesquisadas, além do tomate e do leite integral. Esses produtos sofreram variações devido a fatores como condições climáticas adversas e oscilações na produção agrícola.
São Paulo manteve-se como a capital com a cesta básica mais cara do país, atingindo R$ 880,72 em março. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (R$ 835,50), Florianópolis (R$ 831,92) e Porto Alegre (R$ 791,64). Por outro lado, as menores médias foram registradas em Aracaju (R$ 569,48), João Pessoa (R$ 626,89) e Recife (R$ 627,14). É importante notar que, apesar das altas em diversos produtos, o preço do quilo da carne bovina de primeira apresentou queda em 15 capitais, com exceção de João Pessoa e Recife.
O aumento no custo da cesta básica compromete uma parcela significativa da renda dos trabalhadores. Em Recife, por exemplo, o valor da cesta básica alcançou R$ 702,71, representando 46,29% do salário mínimo vigente. Essa situação reduz o poder de compra das famílias, limita o acesso a outros bens e serviços essenciais e pode levar ao endividamento.
A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Simone Tebet, afirmou que os preços dos alimentos devem começar a cair 60 dias nos próximos, atribuindo essa expectativa às medidas adotadas pelo governo federal para conter a inflação. No entanto, é fundamental que os consumidores mantenham-se atentos às variações de preços e busquem alternativas para minimizar os impactos no orçamento doméstico.
Em resumo, o aumento no custo da cesta básica em diversas capitais brasileiras reflete desafios econômicos que afetam diretamente a população. Acompanhamento constante e políticas eficazes são essenciais para garantir a estabilidade dos preços e a preservação do poder de compra dos brasileiros.
Fonte:
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