No final de 2024, a economia brasileira enfrentou um cenário de recuperação moderada, com um crescimento do PIB em torno de 1,5% no quarto trimestre, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços e pela retomada do consumo interno, que se beneficiou de uma ligeira queda na taxa de desemprego, que atingiu 8,7% em dezembro, a menor taxa desde o início da pandemia.
No entanto, a inflação continuou a ser um desafio, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechando o ano em 5,2%, acima da meta central de 3,25% estabelecida pelo Banco Central. A alta dos preços dos alimentos e da energia elétrica foram os principais contribuintes para esse cenário inflacionário.
O Banco Central manteve a taxa Selic em 12,75% ao ano em dezembro de 2024, após uma série de cortes ao longo do ano. A decisão foi tomada visando equilibrar o controle da inflação e o estímulo ao crescimento econômico. Por outro lado, a política fiscal continuou a ser um ponto de preocupação, com o déficit primário atingindo 1,2% do PIB em 2024, refletindo os desafios persistentes na gestão das contas públicas.
As exportações brasileiras tiveram um desempenho positivo no final de 2024, impulsionadas pela alta dos preços das commodities no mercado internacional. O superávit comercial atingiu US$ 70 bilhões no ano, com destaque para as exportações de soja, minério de ferro e petróleo. No entanto, as importações também cresceram, refletindo a recuperação da demanda interna e a valorização do real frente ao dólar.
O setor de tecnologia e inovação foi um dos que mais cresceram em 2025, com um aumento de 8% no faturamento das empresas do segmento. A expansão do 5G e o aumento da adoção de soluções digitais pelas empresas foram os principais impulsionadores desse crescimento. Além disso, o Brasil se consolidou como um hub de startups na América Latina, atraindo investimentos internacionais significativos.
O agronegócio continuou a ser um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira em 2025, com um crescimento de 4% no primeiro trimestre. A demanda global por alimentos e a adoção de tecnologias avançadas no campo, como a agricultura de precisão, foram os principais fatores que contribuíram para esse desempenho.
O setor de energia renovável manteve seu ritmo de crescimento em 2025, com um aumento de 10% na capacidade instalada no primeiro trimestre. O Brasil continuou a atrair investimentos em energia eólica e solar, além de avançar em projetos de hidrogênio verde, posicionando-se como um player global no mercado de energias limpas.
O comércio eletrônico também teve um crescimento significativo em 2025, com um aumento de 12% nas vendas online no primeiro trimestre. A consolidação de marketplaces locais e a expansão do uso de pagamentos digitais foram os principais fatores que impulsionaram esse setor.
A economia brasileira de dezembro de 2024 a janeiro de 2025 apresentou um cenário de recuperação moderada, com destaque para o setor de serviços, agronegócio e energia renovável. No entanto, desafios estruturais e conjunturais persistem, exigindo reformas profundas e políticas econômicas eficazes para garantir um crescimento sustentável no futuro. A capacidade do país em superar esses desafios será determinante para o seu posicionamento na economia global nos próximos anos.
Com base nas análises apresentadas, é evidente que o Brasil possui um potencial significativo para se consolidar como uma das principais economias emergentes, caso sejam implementadas as reformas necessárias e adotadas políticas que promovam a inovação, a sustentabilidade e a inclusão social. O futuro econômico do país dependerá, em grande medida, da capacidade de seus líderes e da sociedade em geral em enfrentar esses desafios com determinação e visão de longo prazo.
Fonte:
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