Em 2024, a dívida pública brasileira apresentou um aumento significativo, refletindo desafios econômicos e fiscais enfrentados pelo país. A Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 12,2% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 7,316 trilhões em dezembro de 2024, comparado aos R$ 6,52 trilhões registrados no final de 2023.
Diversos fatores contribuíram para a elevação da dívida pública em 2024. Entre os principais, destacam-se:
As perspectivas indicam que a dívida pública brasileira continuará em trajetória ascendente nos próximos anos. De acordo com o Relatório de Projeções Fiscais do Tesouro Nacional, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) deverá atingir um pico de 81,8% do PIB em 2027, iniciando uma trajetória de queda a partir de então, alcançando 75,6% do PIB em 2034.
Entretanto, a agência de classificação de risco Fitch Ratings alerta que os desafios fiscais do Brasil persistem e tendem a se intensificar em 2025, prevendo um aumento mais acentuado da dívida pública devido a uma postura fiscal mais relaxada
Para mitigar o crescimento da dívida, o governo brasileiro aprovou, no final de 2024, um pacote de medidas fiscais visando reduzir o endividamento e acalmar o mercado financeiro. Embora o ajuste inicial estimado fosse de quase US$ 12 bilhões, alterações no Congresso reduziram significativamente esse valor.
Em resumo, a dívida pública brasileira fechou 2024 em patamares elevados, influenciada por taxas de juros altas, déficits fiscais expressivos e um cenário econômico desafiador. As projeções indicam continuidade dessa tendência nos próximos anos, exigindo esforços consistentes de consolidação fiscal e políticas econômicas eficazes para reverter a trajetória de crescimento do endividamento.
Fonte:
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