Dívida bruta do Brasil fecha em 76,1% do PIB em 2024

Em 2024, a dívida pública brasileira apresentou um aumento significativo, refletindo desafios econômicos e fiscais enfrentados pelo país. A Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 12,2% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 7,316 trilhões em dezembro de 2024, comparado aos R$ 6,52 trilhões registrados no final de 2023.

Principais Motivos para o Aumento da Dívida

Diversos fatores contribuíram para a elevação da dívida pública em 2024. Entre os principais, destacam-se:

  1. Taxas de Juros Elevadas: A manutenção de juros altos ao longo do ano aumentou os custos de financiamento da dívida.
  2. Déficit Fiscal: O Brasil registrou um dos maiores déficits nominais do mundo em 2024, estimado em 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse déficit resulta de despesas governamentais que superaram as receitas, exigindo maior endividamento para cobrir a diferença.
  3. Cenário Econômico Desafiador: Fatores internos e externos, como baixo crescimento econômico e instabilidades no mercado financeiro, aumentaram a aversão ao risco por parte dos investidores, impactando negativamente a confiança e elevando os custos de captação de recursos pelo governo.

Projeções para os Próximos Anos

As perspectivas indicam que a dívida pública brasileira continuará em trajetória ascendente nos próximos anos. De acordo com o Relatório de Projeções Fiscais do Tesouro Nacional, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) deverá atingir um pico de 81,8% do PIB em 2027, iniciando uma trajetória de queda a partir de então, alcançando 75,6% do PIB em 2034.

Entretanto, a agência de classificação de risco Fitch Ratings alerta que os desafios fiscais do Brasil persistem e tendem a se intensificar em 2025, prevendo um aumento mais acentuado da dívida pública devido a uma postura fiscal mais relaxada

Novas medidas do governo

Para mitigar o crescimento da dívida, o governo brasileiro aprovou, no final de 2024, um pacote de medidas fiscais visando reduzir o endividamento e acalmar o mercado financeiro. Embora o ajuste inicial estimado fosse de quase US$ 12 bilhões, alterações no Congresso reduziram significativamente esse valor.

Em resumo, a dívida pública brasileira fechou 2024 em patamares elevados, influenciada por taxas de juros altas, déficits fiscais expressivos e um cenário econômico desafiador. As projeções indicam continuidade dessa tendência nos próximos anos, exigindo esforços consistentes de consolidação fiscal e políticas econômicas eficazes para reverter a trajetória de crescimento do endividamento.

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