A pirataria e o comércio ilegal no Brasil têm gerado prejuízos bilionários à economia nacional. Em 2024, as perdas alcançaram um recorde histórico de R$ 468,3 bilhões, conforme dados do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP). Desse total, R$ 327,8 bilhões correspondem a perdas diretas da indústria, enquanto R$ 140,4 bilhões referem-se à evasão fiscal decorrente do mercado ilegal.
Comparação com Anos Anteriores
A análise da série histórica mantida pelo FNCP revela uma tendência crescente nos prejuízos causados pelas atividades ilícitas ao longo da última década. Em 2020, o prejuízo foi de R$ 288 bilhões, aumentando para R$ 441 bilhões em 2023 e atingindo R$ 468,3 bilhões em 2024. Esses números indicam um crescimento contínuo das perdas associadas à pirataria e ao contrabando no país.
Setores Mais Afetados
De acordo com o anuário da Associação Brasileira de Combate à Falsificação, os 20 setores mais prejudicados respondem por dois terços do prejuízo total. Entre os mais afetados estão:
- Combustíveis: Perda estimada em R$ 29 bilhões.
- Bebidas: Prejuízo de R$ 28 bilhões.
- Defensivos Agrícolas, Vestuário, Perfumaria, Higiene e Limpeza, Autopeças e TV por Assinatura: Também estão entre os setores mais impactados, embora os valores específicos não tenham sido detalhados.
Além desses, o setor audiovisual sofreu um prejuízo de R$ 4 bilhões em 2024 devido à pirataria digital de softwares, cursos online, vídeos, músicas e filmes vendidos sem autorização dos proprietários.
Esses dados evidenciam a amplitude do impacto da pirataria na economia brasileira, afetando desde produtos essenciais, como combustíveis e bebidas, até setores de entretenimento e tecnologia. O combate a essas atividades ilícitas é fundamental para proteger a indústria nacional, garantir a arrecadação fiscal e assegurar a qualidade dos produtos oferecidos aos consumidores.
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