O agronegócio brasileiro continua a consolidar sua posição como um dos pilares da economia nacional. Em fevereiro de 2025, o país registrou a maior exportação mensal de carne bovina da história, superando marcas anteriores e reforçando sua liderança no mercado global. Esse desempenho excepcional é resultado de uma combinação de fatores, desde a demanda internacional aquecida até a competitividade do produto brasileiro.
✅ Os números recordes de fevereiro de 2025
✅ Os principais motivos por trás do crescimento das exportações
✅ Um comparativo detalhado com 2023
✅ As perspectivas para o restante de 2025
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o Brasil exportou 232 mil toneladas de carne bovina em fevereiro de 2025, um aumento de 18% em relação ao mesmo período de 2024. Em valor, as vendas ultrapassaram US$ 1,2 bilhão, batendo o recorde anterior, registrado em julho de 2023.
Principais destinos das exportações em 2025 (até fevereiro):
🔹 China (incluindo Hong Kong)–45% do total
🔹 Estados Unidos–12%
🔹 União Europeia–10%
🔹 oriente Médio (Emirados Árabes, Egito, Arábia Saudita)–15%
🔹 Outros mercados (Chile, Filipinas, Singapura)–18%
Vários fatores explicam o salto nas exportações brasileiras de carne bovina. Entre os mais relevantes, destacam-se:
A China, maior importadora global de carne bovina, aumentou suas compras do Brasil após:
✔ Flexibilização de barreiras sanitárias (como a reabertura de plantas frigoríficas antes suspensas).
✔ Recuperação do consumo interno chinês pós-crise imobiliária de 2024.
✔ Preferência pela carne brasileira em relação à concorrentes como Austrália e Argentina.
O custo de produção no Brasil permaneceu 20% a 30% menor que na Austrália e EUA, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA). Isso permitiu que o país mantivesse preços atrativos mesmo com a alta do dólar.
Em 2024, o Brasil conquistou acesso a três países.
1 — México (após anos de negociações sanitárias).
2 — Canadá (com aumento de quotas).
3 — Vietnã e Indonésia (mercados em crescimento).
| Indicador | Fev/2023 | Fev/2024 | Fev/2025 (Recorde) |
|---|---|---|---|
| Volume (mil toneladas) | 165 | 196 | 232 (+18% vs. 2024) |
| Valor (US$ bi) | 0,85 | 1,02 | 1,20 (+17,6%) |
| Preço Médio (US$/kg) | 5,15 | 5,20 | 5,17 (estável) |
Principais diferenças entre 2023 e 2025:
🔸 Crescimento consistente. Em dois anos, as exportações subiram 40% em volume.
🔸 China mais ativa. Em 2023, a China representava 38% das compras; em 2025, chegou a 45%.
🔸 Menor dependência da Rússia: Em 2023, o país era um dos 5 maiores compradores, mas em 2025 perdeu espaço devido a sanções econômicas.
O recorde de fevereiro de 2025 confirma o Brasil como o maior exportador mundial de carne bovina, mas também traz desafios:
✔ Diversificar mercados para reduzir dependência da China.
✔ Aumentar valor agregado com cortes premium e sustentabilidade.
Se o país conseguir equilibrar produtividade, qualidade e acesso a mercados, 2025 pode ser o melhor ano da história para as exportações de carne bovina brasileira.
Fonte:
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